Ela se via num hiato. 20 anos e se sentindo ainda com 15. Inteligente,
queria fazer mil planos, mas era ansiosa demais e acabava só apressando e
atropelando tudo. Tinha seu trabalho, namorado, família e amigos. Não precisava
pedir mais nada. Estava sendo feliz, curtindo cada dia, mas se via confusa com
ela mesma.
O futuro a assustava: contava mentalmente todos os seus
sonhos e objetivos e chegava à conclusão de que não daria tempo pra fazer tudo.
Calma moça..take it easy, afinal você só tem 20 anos, caramba! Louca, achava
que para ela o tempo estava passando rápido demais e que não estava fazendo
tudo aquilo que queria.
Teimosa, não desistia de nada, mas essa qualidade muitas
vezes a atrapalhava porque teimava e persistia com seus pensamentos e opiniões,
não tentando olhar através de uma nova perspectiva.
Sonhava e muito, mas sempre tinha o cuidado de manter seus
pés no chão. Até demais.
Romântica, mas grossa quando falava antes de pensar. Impulsiva,
muitas vezes falava o que não pretendia dizer. Era um doce de pessoa, mas
impaciente que só, se irritava fácil.
Acreditava e muito no amor. Para ela, quando se ama, a entrega deveria ser
total, de corpo e alma; os amantes deveriam se completar, se acrescentar, compartilhar
sonhos, objetivos, segredos e, sobretudo, deveriam se apoiar. O bacana do amor é você encontrar alguém que,
mesmo sendo bem diferente de você, te inspire, te faça ser melhor pra você
mesmo a cada dia e te encante de um modo que nenhuma outra pessoa o faz.
Maluca por festas, era viciada em música: curtia de Caetano
a Beatles; de Arctic Monkeys a Elis Regina; de Clara Nunes a Claudinho &
Buchecha. Amava viajar. Sonhava um dia sair trilhando por aí, descobrir novos
lugares, novos ares e novas pessoas. Acreditava que cada lugar lhe passava uma
mensagem, uma vibe diferente, uma sensação distinta e que cada um podia
aprender algo novo nos lugares por onde passava.
Amava ler desde pequena. Sonhava em escrever um livro. Tinha
até começado um, mas tinha achado muito infantil e acabou deixando-o de lado,
por achar que ninguém ia ler suas “bobeiras”.
Começou a acreditar que rir é realmente o melhor remédio e é
a nossa maior força contra qualquer negatividade que nos cerque. Só precisa colocar
essa arma poderosa realmente em prática. A cada dia.
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