quarta-feira, 23 de julho de 2014

Louca. De Pedra (ou eu por eu mesma)


Ela se via num hiato. 20 anos e se sentindo ainda com 15. Inteligente, queria fazer mil planos, mas era ansiosa demais e acabava só apressando e atropelando tudo. Tinha seu trabalho, namorado, família e amigos. Não precisava pedir mais nada. Estava sendo feliz, curtindo cada dia, mas se via confusa com ela mesma.
O futuro a assustava: contava mentalmente todos os seus sonhos e objetivos e chegava à conclusão de que não daria tempo pra fazer tudo. Calma moça..take it easy, afinal você só tem 20 anos, caramba! Louca, achava que para ela o tempo estava passando rápido demais e que não estava fazendo tudo aquilo que queria.
Teimosa, não desistia de nada, mas essa qualidade muitas vezes a atrapalhava porque teimava e persistia com seus pensamentos e opiniões, não tentando olhar através de uma nova perspectiva.
Sonhava e muito, mas sempre tinha o cuidado de manter seus pés no chão. Até demais.
Romântica, mas grossa quando falava antes de pensar. Impulsiva, muitas vezes falava o que não pretendia dizer. Era um doce de pessoa, mas impaciente que só, se irritava fácil.
Acreditava e muito no amor.  Para ela, quando se ama, a entrega deveria ser total, de corpo e alma; os amantes deveriam se completar, se acrescentar, compartilhar sonhos, objetivos, segredos e, sobretudo, deveriam se apoiar.  O bacana do amor é você encontrar alguém que, mesmo sendo bem diferente de você, te inspire, te faça ser melhor pra você mesmo a cada dia e te encante de um modo que nenhuma outra pessoa o faz.
Maluca por festas, era viciada em música: curtia de Caetano a Beatles; de Arctic Monkeys a Elis Regina; de Clara Nunes a Claudinho & Buchecha. Amava viajar. Sonhava um dia sair trilhando por aí, descobrir novos lugares, novos ares e novas pessoas. Acreditava que cada lugar lhe passava uma mensagem, uma vibe diferente, uma sensação distinta e que cada um podia aprender algo novo nos lugares por onde passava.
Amava ler desde pequena. Sonhava em escrever um livro. Tinha até começado um, mas tinha achado muito infantil e acabou deixando-o de lado, por achar que ninguém ia ler suas “bobeiras”.

Começou a acreditar que rir é realmente o melhor remédio e é a nossa maior força contra qualquer negatividade que nos cerque. Só precisa colocar essa arma poderosa realmente em prática. A cada dia.