quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Devaneios de uma madrugada de verão

Engraçado eu retornar a esse blog depois de quase dois anos..é muito divertido reler o que eu escrevi quando tinha 15, 16 anos. Claro, seria hipócrita se falasse que eu mudei totalmente de lá pra cá mas hoje tenho certas percepções bem diferentes do que eu tinha há uns três anos atrás.

Muito provavelmente ninguém ou quase ninguém acompanha mais esse blog, mas senti uma necessidade gigante de escrever. Acredito que estou passando numa fase de transição e adaptação na minha vida e acho que é o momento em que mais estou aprendendo e realmente crescendo. 2013 foi um ano digamos quase excepcional: agarrei oportunidades, gritei, chorei e pulei com as minhas vitórias, abracei e beijei muito, me apaixonei ainda mais, consegui manter minhas amizades antigas e até me aproximar mais de certas pessoas e conheci outras tantas que são maravilhosas.

No alto dos meus quase 19 anos percebo que levo a vida muito a sério e que tenho que rir mais de mim mesmo e ver a vida sempre pelo lado bom. Aprendi também que o diálogo é a base de qualquer relacionamento humano, sendo que sem ele, a gente não entende e nem consegue ver o que o outro pensa. Acho que finalmente entendi que o amor-próprío é o primeiro e nosso último amor, tendo que estar presente em cada segundo da vida das pessoas e que orgulho demais no coração de alguém acaba ferindo o outro. Percebi que drama demais não leva ninguém a lugar algum e que SEMPRE precisamos tirar as coisas por menos, suavizando gestos rudes e palavras duras e ríspidas. As vezes a gente julga ou acusa sem nem ao menos ver e ouvir o outro lado da moeda. Senti na pele que o amor é muito mais complexo do que eu imaginava, sendo necessário paciência, dedicação e calma. Entendo o amor como um jardim, no qual precisamos semeá-lo e cuidá-lo todos os dias para que ele cresça saudável cada vez mais e que é normal que ele não fique tão florido em dias de chuva, mas que, com empenho, ternura, vontade e muito carinho, ele volta a crescer, ficando ainda mais bonito.

Descobri que sou uma pessoa muito imatura em certos aspectos e que, ao mesmo tempo, as vezes tenho preocupações muito bobas. Decidi parar de planejar o futuro para me reinventar no hoje. Decidi também mudar para ser uma pessoa melhor para mim e não para os outros. Aliás, parei (exercício árduo de cumprir no dia a dia mas estou tentando) de me preocupar em que os outros acham e/ou pensam de mim para centrar nos meus objetivos, sonhos e metas. A gente passa muito mais tempo nos preocupando em saber o que a nossa imagem passa para as pessoas em vez de VIVER e seguir com as nossas vidas.
Para 2014 eu escolhi aproveitar o momento, o hoje, pois o futuro fica tão pertinho da gente que a gente nem vê ele chegar. E quando vê, o momento especial já passou..

Como dizia Veríssimo: " Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."

Carpe Diem :D

Um comentário:

  1. Drude, seu texto é a perfeita decodificação do amadurecer. Um entendimento sobre o que já fomos e quem queremos ser.
    Alguns têm medo de reconhecer seus erros, manias e características pouco desejáveis. Porém você superou isso, e fico feliz em ver isso!

    No mais, creio ser o jeito mais fácil de levar a vida: rindo de si mesmo e essa será a nossa maior força. Felizes, com um sorriso no rosto, e sonhos pra alcançar viraremos velhinhos. :)

    Parabéns.

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