terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Carta I

Pedro,

Me desculpa por tudo aquilo. Fiz uma cena, fui dramática, mas não dava, não conseguia mais sobreviver. Sufocada, enclausurada dentro de mim. No começo era tudo muito lindo, como fogos artifício. Nós éramos dois bobos apaixonados, você me amava loucamente e eu te queria a todo momento. Ansiava por te ver, te tocar, te sentir. Mas agora me sinto presa, me sinto perdida num relacionamento sem mais amor, sem mais respeito. Como poderíamos ter chegado a esse ponto? Brigando, não nos suportando mais? Eu realmente te admiro, apesar de tudo. Você foi sim, um cara especial pra mim. Mas foi, passou. E nem tente me procurar. Ontem eu sonhei. Nossa, que sonho, Pedro. Você pode não acreditar em mim mas sonhei com um homem, O homem. Ele me beijava, alucinadamente, ardentemente, apaixonadamente. Foi um sonho, mas foi o beijo mais louco e mais caloroso de todos. Foi um beijo que me arrebatou, que me fez acreditar no amor, Pedro. E quero um amor assim, um amor grande, um amor dentro da minha boca, um amor inteiro, que me faça delirar. Vou atrás desse homem, Pedro. Desculpe-me por não ser a mulher que você queria e merecia. Desculpe-me por não ser mais sua, por não haver mais o "nós", o para sempre.
Isabella

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